Coronavirus SARS-CoV-2 e doença COVID-19 EPIDEMIA NA SAÚDE E NA SOCIEDADE Direção da ANP
Uma vez instalada a pandemia da COVID-19, o Governo lançou diversas medidas destinadas a fazer-lhe frente, entre elas o lay-off, linhas de crédito, subsídios a fundo perdido, moratórias e outros tipos de ajudas às pessoas e à economia. Contudo, em relação ao pagamento das rendas de casa (a locação é iniludivelmente uma atividade económica e social), quem superintende e define as regras, procedeu da forma mais laxista que imaginar se possa.
Assim, enquanto que em relação aos apoios financeiros às pessoas e às empresas tudo teve de ser rápido e se depejaram milhares de milhões; para os locadores de espaços habitacionais ou não-habitacionais, decretou-se que tudo devia ser lento e sem garantias, numa palavra: os senhorios que aguentem! E depois se vê!
Para o Governo, as pessoas que são senhorias, não são dignas de verem os seus direitos e legítimos interesses respeitados, aplicando o mesmo conceito ás empresas cuja atividade económica é a locação de imobiliário, também não as considerando dignas de apoio.
Há até quem recomende aos senhorios credores de rendas devidas e não liquidadas, que não recorram às entidades públicas, pois ainda podem ser “gozados” com comentários do género “que raio de senhorios são estes a quem faz falta o dinheiro das rendas...”
Note-se que, os arrendatários não habitacionais não foram sequer obrigados a uma justificação, como se o senhorio fosse qualquer manipanso.
E os impostos? Ai, os impostos!... São para ser pagos a tempo e horas, senão...
Ao contrário de tantos outros, os proprietários não pretendem sentar-se à mesa do orçamento e não pedem o quer que seja.
Apenas reclamam o que lhes é negado: o recebimento daquilo que é seu e a que têm direito.
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