Pode Alguém ser Quem não é?
António Frias Marques 23-Mai-2013
Pode alguém, que não é senhorio, sentir e defender os interesses da classe?
Os genuínos senhorios e proprietários, profundos conhecedores das agruras porque passam os detentores da propriedade, não se limitam a falar de cátedra; preferem o trabalho criativo e consequente. A classe, para ser respeitada, tem de se dar ao respeito. Se está à espera que venha um “salvador”, ou que alguém faça por ela, o que só a ela compete, está condenada ao fracasso. Os detentores da propriedade não se podem dar ao luxo de parar. É como andar de bicicleta: se param, caem!
A saída da crise não será fácil nem rápida e requer o esforço de todos no combate a esta ruína sustentável.
Certamente que tem de se abandonar a maneira de viver em que por cada euro recebido se gastavam dois ou três. Esse tempo passou. Durou até bastante tempo, pelo que os despesistas nem sequer se podem queixar.
Perante o orgulho desmesurado, gigantesca auto-estima, insuperável amor-próprio, vaidade compulsiva e incorrigível narcisismo de muitos dos nossos interlocutores, indicar a origem do mal e o caminho a seguir, tem sido como remar contra a maré!
Viveu-se uma época em que parecíamos um país de ricos, mas não éramos! Apenas muita gente estava deslumbrada pela febre consumista e pela inveja social. Mas a época de viver à base das dívidas terminou, porque a Europa decidiu acabar com a solidariedade a fundo perdido e deu início à época da austeridade sustentada.
Enquanto esta crise política dominar a situação financeira, a crise económica jamais terminará.
Só um Movimento de Proprietários coeso e com objetivos bem definidos, composto por cidadãos conscientes e intervenientes, os pode dotar dos instrumentos necessários ao reconhecimento da importância social e económica da sua atividade.
FIM
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